Já se sabe que a suplementação com ácido fólico, também conhecido como vitamina B9, é importante para as mulheres durante seus anos de período fértil, entretanto o papel que a colina desempenha no desenvolvimento da criança, tanto no útero quanto durante o seu crescimento, também a torna indispensável.
A colina é capaz de fortalecer as membranas celulares, regular a expressão genética e ajudar as células nervosas a se comunicarem entre si. Tendo em vista todas as funções que ela desempenha no desenvolvimento celular, no desenvolvimento do sistema nervoso central e no rápido crescimento das células durante o desenvolvimento fetal, ficam evidentes os muitos benefícios que esse nutriente proporciona na fase pré-natal .
O aumento da ingestão de colina durante a gravidez pode melhorar a função da placenta, diminuindo o risco de pré-eclâmpsia, e aumentar a disponibilidade de DHA para o embrião ainda em desenvolvimento e, posteriormente, para o feto. Pode, também, aliviar a resposta do bebê ao estresse, já que diminui os níveis do hormônio cortisol.
Estudos realizados com animais sugerem que a suplementação com colina durante a gravidez pode melhorar a aprendizagem durante a realização de tarefas complexas relacionadas à memória. Estudos similares envolvendo humanos já estão em andamento. Alguns estudos de controle de casos sugerem que quantidades adequadas de colina e de ácido fólico na dieta da mãe podem estar associadas a um menor risco no desenvolvimento de algumas deficiências no nascimento dos bebês.
Após o parto, a colina continua a proporcionar benefícios aos bebês, particularmente porque o cérebro continua a se desenvolver rapidamente depois do seu nascimento. Ela pode melhorar a memória ao longo da vida, ajudando na construção de milhões de conexões neurais adicionais no centro de memória do cérebro, proporcionando, assim, uma vida útil de benefícios desde quando ainda está no útero.
Imediatamente após o nascimento, os níveis de colina do bebê são muito superiores aos encontrados na maioria dos adultos. Para as mães que amamentam, a manutenção de níveis elevados desse nutriente é crucial porque o leite materno é uma fonte essencial de colina para os bebês.
A importância da colina no desenvolvimento infantil é tão bem aceita mundialmente que os órgãos reguladores e de saúde exigem que ela seja um ingrediente presente nas fórmulas infantis. A suplementação com colina, durante o período pré-natal e a infância, pode levar à melhora da memória ao longo da vida da criança.
De acordo com o Instituto de Medicina da Academia Nacional de Ciências, a ingestão de colina adequada para gestantes é de 450 mg/d. Infelizmente, a ingestão diária média entre mulheres de 19 a 50 anos é mais próxima de 264 mg – pouco mais de 60% da quantidade recomendada.
Um estudo, de 2016, publicado no Journal of The American College of Nutrition, estimou que quase 90% das pessoas não recebem colina suficiente em suas dietas, tornando a suplementação uma escolha inteligente para a maioria das pessoas. A colina é o nutriente que mais recentemente recebeu a indicação de ingestão diária recomendada (IDR).A FDA estabeleceu 550 mg como IDR de colina para adultos.
Fonte: “Choline: Vital Prenatal Supplementation”
https://www.naturalproductsinsider.com/blogs/supplement-perspectives/2017/05/choline-vital-prenatal-supplementation.aspx