A doença cardiovascular (DCV), classificada como uma doença não transmissível (DNT), é a principal causa de morte no mundo. Nesse cenário, mudanças no estilo de vida e novos compotos vêm sendo cada vez mais estudados para prevenir o desenvolvimento desse mal.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 17,7 milhões de pessoas morreram por esta causa em 2015, representando 31% de todas as mortes mundiais. Entre essas fatalidades, 7,4 milhões devem-se à doença cardíaca coronária e 6,7 milhões ao acidente vascular cerebral (AVC). Esses casos se encontram principalmente em países de baixa e média renda, representando mais de três quartos das mortes.
O encargo financeiro gerado é igualmente impressionante. O preço de não investir na prevenção e tratamento da DCV foi projetado para alcançar, nos próximos 25 anos, até US$ 47 trilhões em todo o mundo. A maioria das DCVs pode ser prevenida com mudanças da qualidade de vida. Os principais fatores de risco que podem ser revertidos são: tabagismo, dietas pouco saudáveis e obesidade, inatividade física e consumo prejudicial de álcool.
Em casos de pessoas com alto risco cardiovascular devido à presença de um ou mais fatores de risco, como hipertensão arterial, diabetes, hiperlipidemia ou alguma DCV já confirmada, a detecção precoce e o tratamento são essenciais. Nesse sentido, mudanças no padrão alimentar e novos compostos vêm sendo estudados e ganham espaço no mercado. Em meio a outras tendências que crescem, como a utilização de produtos naturais e a sustentáveis, se destacam aqueles compostos que conseguem atrelar um benefício ao produto, como é o caso dos que são capazes de evitar uma doença e, ao mesmo tempo, serem de origem natural. Entre esses, a astaxantina cresce no mercado da prevenção de DCV, principalmente a proveniente da alga verde Haematococcus pluvialis, que se tornou uma fonte primária deste elemento empregado na indústria alimentícia. O uso de astaxantina como suplemento dietético vem crescendo rapidamente em muitos países, sendo o Japão um dos pioneiros mundiais em sua pesquisa e produção.
É importante ressaltar que apesar dessas novas substâncias, do aumento da prática de atividade física e de mudanças no estilo de vida, não se pode deixar de lado o acompanhamento médico e a realização de check-ups periódicos para evitar problemas no futuro.
Referências:
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