Com o intuito de esclarecer os sintomas da Doença de Alzheimer e combater o estigma que envolve essa condição, foi instituído, no Brasil, pela Lei nº 11.736/2008, o dia 21 de setembro como o Dia Mundial da Doença de Alzheimer e Dia Nacional da Conscientização da Doença do Alzheimer. Em 2023, a 12ª edição da campanha traz como tema “Nunca é cedo demais, nunca é tarde demais”, visando sublinhar o papel fundamental da identificação dos fatores de risco e da adoção de medidas proativas para reduzir, atrasar e potencialmente até prevenir o aparecimento da demência1.
A doença de Alzheimer (DA) é uma doença neurodegenerativa, progressiva e ainda sem cura que afeta, majoritariamente, pessoas acima de 65 anos de idade. Este distúrbio é considerado o tipo de demência mais prevalente, caracterizada pela perda do desempenho cognitivo e com reflexos na memória, no aprendizado e na atenção, devido à morte de células cerebrais1-3. Com a evolução da doença, os sintomas progridem de forma mais leve ou mais intensa, podendo chegar a situações em que o paciente fica desorientado dentro da própria casa, desenvolve comportamento agressivo e alucinações, além de apresentar danos nos processos fisiológicos, que se manifestam, por exemplo, no ato de deglutir ou na incontinência urinária e fecal3, 4.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem mais de 50 milhões de pessoas diagnosticadas com a doença de Alzheimer no mundo, das quais 1,2 milhões são brasileiros, sendo diagnosticados 100 mil novos casos por ano, e esses números tendem a triplicar até 2050 diante do aumento da expectativa de vida global1.
Embora a doença de Alzheimer seja progressiva, ainda sem cura e cada dia mais prevalente no mundo, até o momento, não foram identificados tratamentos que atuem na causa do seu desenvolvimento5. O objetivo das terapias disponíveis é reduzir a velocidade de progressão da doença e minimizar a intensidade dos sintomas6. Assim, diversos esforços têm sido feitos em busca de estratégias para a prevenção do seu desenvolvimento.
Dessa forma, a nutrição pode vir a desempenhar um papel de extrema importância, dado o aumento de evidências científicas sugerindo que intervenções nutricionais podem proteger o cérebro dos danos naturais do envelhecimento e das causas da demência, e que componentes bioativos da dieta têm se mostrado como poderosos aliados nesse combate6, 7.
Nesse sentido, a cúrcuma, um tempero indiano derivado do rizoma da planta Curcuma longa, amplamente utilizada na medicina ayurvédica e chinesa, possui em sua composição a curcumina, um metabólito cujos efeitos biológicos têm sido extensamente estudados, demonstrando, principalmente, sua ação antioxidante e anti-inflamatória8.
A curcumina pode desempenhar um papel preventivo/protetor na Doença de Alzheimer 9-13. Como um potente antioxidante, a curcumina tem se mostrado efetiva na remoção de espécies reativas de oxigênio e na diminuição da incidência de reações pró-inflamatórias14-16. Vale mencionar que o hipocampo e os gânglios basais – regiões cerebrais importantes para a memória, atenção, emoção e percepção – contêm maior quantidade de enzimas envolvidas nos processos inflamatórios e, portanto, são regiões mais suscetíveis aos danos da neuroinflamação 11.
Além disso, a DA se caracteriza pelo déficit sináptico, perda neuronal, estresse oxidativo e aumento da inflamação em diferentes regiões cerebrais em razão da emaranhados neurofibrilares formados pela deposição do peptídeo beta-amiloide (βA) em placas senis, e pela hiperfosforilação da proteína tau 17, 18, e a curcumina, um composto com ação pleiotrópica e anti-amiloide possui a capacidade de reduzir os danos oxidativos e a neuroinflamação9-13
A literatura tem demonstrado o potencial da curcumina para prevenção e/ou tratamento adjuvante dos distúrbios de ordem neurológica, o que inclui a doença de Alzheimer. Nesse cenário, o LongVida® caracteriza-se como uma excelente fonte de curcumina visto que, além da sólida comprovação de eficácia e segurança clínica, é a única fonte capaz de cruzar a barreira hematoencefálica e alcançar o sistema nervoso central. Ademais, a alta biodisponibilidade do ingrediente permite que sejam utilizadas doses mais baixas (400mg/dia) em tomada única.
Referências
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