No dia 20 de novembro é celebrado o Dia Mundial da Criança. Esta data é uma ação anual do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) que foi estabelecida em 1954 como Dia Universal da Criança e é comemorada a fim de promover a união internacional, a conscientização e a melhoria do bem-estar das crianças de todo o mundo. Tal dia foi escolhido pois, em 20 de novembro de 1959, a Assembleia Geral da ONU adotou a Declaração dos Direitos da Criança e neste mesmo dia, em 1989, foi adotada a Convenção sobre os Direitos da Criança. O Brasil assumiu, em 1990, a proteção integral da criança, com o advento do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e retificou os mais importantes pactos, tratados e convenções internacionais sobre os direitos da criança1.

 

Além disso, no dia 21 de novembro é celebrado o Dia Mundial da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). A DPOC é uma doença pulmonar que obstrui as vias aéreas, dificultando a respiração. Dentre os principais sintomas destacam-se: a falta de ar aos esforços, podendo progredir até para atividades corriqueiras como tomar banho; o pigarro, a tosse crônica e a tosse com secreção, que piora pela manhã2.

 

A DPOC constitui um grupo de doenças respiratórias que inclui a bronquite crônica (estreitamento das vias aéreas e paralisação da atividade dos cílios) e o enfisema (danos irreversíveis nos alvéolos), intimamente relacionadas ao tabagismo. Entretanto, existem outros fatores que podem desencadear à DPOC como, a constante exposição a elementos irritantes, como poeira, poluentes do ar e vapores químicos, além de queimadas de lavouras e uso de lenha para cozinhar, como o fogão a lenha 3.

 

Além da DPOC, há ainda a Doença pulmonar obstrutiva crônica em crianças (DPOCC) que consiste em sintomas muito parecidos com os da DPOC, porém elas possuem etiologia, morbidade, fisiopatologia, prevalência e prognósticos, genótipos e fenótipos diferentes. As DPOCC caracterizam-se por elevadas prevalências de asma e de displasia broncopulmonar (DBP) ou por baixas prevalências de bronquiolite obliterante (BO), fibrose cística (FC), bronquite plástica (BP), discinesia ciliar primária (DCP) e bronquiectasia não associada à fibrose cística (BNFC) e os quadros de exacerbação pulmonar são frequentemente desencadeados por infecções virais e/ou bacterianas, por poluição e aeroalérgenos e pelo componente genético, que as iniciam ou exacerbam4.

 

Neste contexto, a maioria das DPOCC cursa com graus de gravidade, necessita de manejos diferentes e não tem cura. No entanto, existem algumas medidas que podem auxiliar nos sintomas promovendo uma melhor qualidade de vida aos pacientes, como obter uma avaliação contínua e programada por equipes interdisciplinares de saúde em centros especializados, o uso de medicamentos como broncodilatadores, antibióticos inalatórios, corticoides orais e inalatórios, entre outros4, mas também alguns nutrientes podem promover uma melhora em alguns quadros, como é o caso do magnésio, da colina e do zinco.

 

Nas doenças respiratórias, a deficiência de magnésio está envolvida em diversas reações fisiopatológicas, tais como: broncoconstrição, processos de estresse oxidativo e inflamação. Em indivíduos com asma, a prevalência de deficiência de magnésio é alta, cerca de 40%5-7. O magnésio estimula a síntese de óxido nítrico e prostaciclina, o que pode reduzir a gravidade da asma8. A suplementação oral de magnésio tem gerado efeitos positivos também na FC, demonstrados pelo aperfeiçoamento da força muscular respiratória, dissolução do muco, diminuição da obstrução do fluxo de ar, e melhora da vasodilatação na hipertensão pulmonar9.

 

Baixas concentrações de colina em pacientes com FC estão associadas à função pulmonar prejudicada, enquanto a suplementação oral desse nutriente pode gerar efeitos positivos na FC, visto que pode melhorar a função pulmonar10. Além disso, o zinco exerce ação antioxidante no sistema respiratório11 e, na presença de doenças inflamatórias, como a asma, o consumo insuficiente de zinco associado a alta demanda deste mineral pelo sistema imunológico, é extremamente prejudicial, visto que o sistema imunológico depende da disponibilidade de zinco para manter o seu equilíbrio12. Assim, procure um médico ou um nutricionista para obter mais informações.

 

 

Referências

  1. Brasil – Ministério da Saúde – MS. Inclusão, para todas as crianças: 20/11 – Dia Mundial da Criança Biblioteca Virtual em Saúde [Available from: https://bvsms.saude.gov.br/inclusao-para-todas-as-criancas-20-11-dia-mundial-da-crianca/#:~:text=20%20de%20novembro%20%C3%A9%20a,sobre%20os%20Direitos%20da%20Crian%C3%A7a.
  2. Brasil – Ministtério da Saúde – MS. 21/11 – Dia Mundial da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica – DPOC Biblioteca Virtual em Saúde [Available from: https://bvsms.saude.gov.br/21-11-dia-mundial-da-doenca-pulmonar-obstrutiva-cronica-dpoc/#:~:text=IN%C3%8DCIO-,21%2F11%20%E2%80%93%20Dia%20Mundial%20da%20Doen%C3%A7a%20Pulmonar%20Obstrutiva%20Cr%C3%B4nica%20%E2%80%93,a%C3%A9reas%2C%20tornando%20a%20respira%C3%A7%C3%A3o%20dif%C3%ADcil.
  3. Brasil – Ministério da Saúde – MS. 3ª quarta-feira do mês (17/11) – Dia Mundial da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC): “Pulmões Saudáveis – Mais Importante do que Nunca” Biblioteca Virtual em Saúde [Available from: https://bvsms.saude.gov.br/3a-quarta-feira-do-mes-17-11-dia-mundial-da-doenca-pulmonar-obstrutiva-cronica-dpoc-pulmoes-saudaveis-mais-importante-do-que-nunca/.
  4. Ribeiro JD, Fischer GB. J Pediatr (Rio J). 2015;91(6 Suppl 1):S11-25.
  5. Hashimoto Y, Nishimura Y, Maeda H, Yokoyama M. J Asthma. 2000;37(6):489-96.
  6. Rowe BH, Camargo CA, Jr. Curr Opin Pulm Med. 2008;14(1):70-6.
  7. Guerrera MP, Volpe SL, Mao JJ. Am Fam Physician. 2009;80(2):157-62.
  8. Komaki F, Akiyama T, Yamazaki T, Kitagawa H, Nosaka S, Shirai M. Auton Neurosci. 2013;177(2):123-8.
  9. Santi M, Milani GP, Simonetti GD, Fossali EF, Bianchetti MG, Lava SA. Pediatr Pulmonol. 2016;51(2):196-202.
  10. Bernhard W. Eur J Nutr. 2021;60(4):1737-59.
  11. Truong-Tran AQ, Carter J, Ruffin R, Zalewski PD. Immunol Cell Biol. 2001;79(2):170-7.
  12. Prasad AS. J Nutr. 2007;137(5):1345-9.

Disclaimer

O conteúdo do site não se destina a diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença. Todas as informações são baseadas em evidências científicas, porém fornecidas apenas para fins informativos e com o objetivo de exercer uma comunicação business-to-business (B2B).

Disclaimer

The content of the website is not intended to diagnose, treat, cure or prevent any disease. All information is based on scientific evidence but provided for informational purposes only and with the aim of exercising business-to-business (B2B) communication.

Disclaimer

El contenido del sitio web no está destinado a diagnosticar, tratar, curar o prevenir ninguna enfermedad. Toda la información se basa en evidencia científica, pero se proporciona solo con fines informativos y con el objetivo de ejercer la comunicación de empresa a empresa.