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A prematuridade dos recém-nascidos é algo comum e motivo de preocupação para as mamães e suas famílias, que muitas vezes não conhecem os cuidados que devem ser tomados de antemão. Para prevenir essa situação, foi estudada a suplementação das gestantes com alguns nutrientes, como o DHA. Afinal, a baixa nutrição desse ingrediente interfere no risco de parto prematuro?

A campanha março lilás – atenção ao cuidado do bebê prematuro, foi instituída pela Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), com a finalidade de informar e capacitar equipes médicas sobre os cuidados e desafios provenientes da prematuridade durante a internação, assim como após a alta hospitalar, visando também levar informações às famílias sobre os principais cuidados com esses bebês tão pequenos e frágeis¹.

O que significa um bebê ser prematuro?

O termo “prematuro” refere-se a todo recém-nascido que vem ao mundo antes de completar 37 semanas de gestação, ou seja, antes de 9 meses¹. Dessa forma, a prematuridade é classificada de acordo com o tempo em que o bebê permanece no útero. São considerados prematuros extremos bebês que nascem antes das 28 semanas (seis meses); muito prematuros os que nascem entre 28 e 31 semanas (sete meses) e os prematuros moderados são aqueles que nascem entre 32 e 36 semanas de gestação (oito meses)².

De acordo com um levantamento feito pelo Ministério da Saúde em 2022, no Brasil, cerca de 340 mil bebês nascem prematuros todo ano, equivalente a seis ocorrências a cada dez minutos². A prematuridade pode ocasionar implicações ao recém-nascido, como, problemas pulmonares, deficiências motoras, infecções respiratórias crônicas, doenças cardiovasculares, diabetes e possibilidade de ter problemas de aprendizagem ou comportamentais².

Nesse sentido, o ácido docosahexaenóico (DHA) é um nutriente essencial para o período gestacional, uma vez que ele é vital para o desenvolvimento adequado do bebê e para a saúde da mãe, desde o período de pré-concepção até os dois primeiros anos de vida, fase também denominada de 1100 dias³.

O que é o DHA?

O DHA é um ácido graxo poli-insaturado do grupo ômega-3, que compõe as membranas do cérebro e da retina. Portanto, está envolvido nas funções neural e visual, bem como no metabolismo dos neurotransmissores⁴. Sua deficiência durante o período pré-natal está relacionada a complicações gestacionais, como baixo peso ao nascer, prematuridade e prejuízos a longo prazo para o bebê, como o mau desenvolvimento da função cognitiva e visual³. A suplementação de DHA durante a gestação pode prevenir o parto prematuro^{5, 6}.

Além disso, ressalta-se que esses benefícios provenientes do DHA se estendem também durante o período de amamentação, visto que o bebê não tem capacidade de sintetizar ácidos graxos poli-insaturados de cadeia longa, o que inclui o DHA, tendo sua necessidade suprida unicamente via placenta e leite materno^{4, 7}. Para a saúde da mãe, a reposição dos estoques dos nutrientes é importante a fim de evitar problemas relacionados à deficiência nutricional. Baixos níveis de DHA também estão associados ao desenvolvimento de problemas perinatais, como depressão pós-parto⁸.

Por que suplementar?

Conforme o avançar da gestação e o desenvolvimento do bebê, as demandas desse nutriente aumentam gradativamente, atingindo necessidades que nem sempre são supridas apenas pela dieta³. Dessa forma, a suplementação se mostra como uma estratégia segura e eficaz de garantir que os estoques nutricionais maternos de DHA sejam bem atendidos, disponibilizando uma maior oferta ao organismo do bebê⁹.

O óleo de krill é uma fonte de DHA com excelente biodisponibilidade e livre de toxinas e poluentes¹⁰. Ademais, a suplementação de óleo de krill não apresenta os efeitos adversos muito comuns da suplementação de óleo de peixe, como refluxo e sabor residual de peixe¹¹. Procure um profissional de saúde e saiba mais sobre os benefícios da suplementação nutricional durante o período pré-natal.

Referências:

1. Paulo, S.d.P.d.S. Campanha março lilás – atenção ao cuidado do bebê prematuro [Available from: https://www.spsp.org.br/campanhas_spsp/marco-lilas/.
2. Saúde, M.d. ‘Novembro Roxo’, mês de atenção à Prematuridade 2022 [Available from: https://www.saude.ms.gov.br/novembro-roxo-mes-de-atencao-a-prematuridade#:~:text=Conhe%C3%A7a%20o%20’Bem%20Nascer%20MS’.&text=S%C3%A3o%20considerados%20partos%20prematuros%20quando,de%20gesta%C3%A7%C3%A3o%2C%20segundo%20a%20OMS.
3. Mun, J.G., et al. Nutrients. 2019;11(5).
4. Coletta, J.M., et al. Reviews in obstetrics & gynecology. 2010;3(4):163-71.
5. Jiang, Y., et al. J Transl Med. 2023;21(1):394.
6. Middleton, P., et al. Cochrane Database of Systematic Reviews. 2018(11).
7. Silva, D.R.B., et al. Rev Bras Saúde Matern Infant. 2007;7(2):123-33.
8. Kuipers, R.S., et al. J Nutr. 2011;141(3):418-27.
9. West, A.A., et al. Am J Clin Nutr. 2013;97(4):718-27.
10. Bengtson Nash, S.M., et al. Nutrients. 2014;6(9):3382-402.
11. Ursoniu, S., et al. Nutrition Reviews. 2017;75(5):361-73.