O cérebro humano tem cerca de 10 bilhões de neurônios que se comunicam uns com os outros através de conexões sinápticas. Cada neurônio é capaz de formar diversas conexões sinápticas, as quais dão origem a redes neurais que fornecem o substrato celular para funções cognitivas superiores, tais como aprendizagem, memória e, em última instância, consciência.
 

Como essas conexões complexas são estabelecidas durante as primeiras fases do desenvolvimento do sistema nervoso e otimizadas com o tempo de vida ainda é algo desconhecido. Por outro lado, sabe-se que a dieta, em conjunto com fatores ambientais, tem um papel crucial na formação da capacidade cognitiva cerebral.
 

Explorando os perfis moleculares, a função sináptica e a configuração de rede necessária para a plasticidade dos circuitos cerebrais, pesquisas identificaram vários fatores endógenos que servem como principais reguladores da plasticidade sináptica e da memória. E um deles é o magnésio!
 

Mas…
 
O que é sinapse?
 Local de contato entre neurônios, onde ocorre a transmissão de impulsos nervosos de uma célula para outra. São elas que permitem que o impulso nervoso se propague por toda a rede neuronal. 
O que é plasticidade cerebral?
 A plasticidade cerebral é a capacidade que o cérebro tem em se remodelar em função das experiências do sujeito, reformulando as suas conexões a partir das necessidades e dos fatores do meio ambiente.

O magnésio, o quarto íon mais abundante no corpo e um cofator de mais de 300 enzimas, é essencial para o bom funcionamento de muitos tecidos e órgãos, incluindo os sistemas cardiovascular, muscular e nervoso.
 

No cérebro, uma ação principal do magnésio é modular receptores críticos para a plasticidade sináptica.
 

Slutsky e colaboradores testaram se o aumento no magnésio cerebral poderia influenciar positivamente funções de aprendizagem e memória de roedores em diferentes idades e descobriram que a elevação deste mineral no cérebro levou ao aumento significativo da memória espacial e associativa, tanto em jovens quanto idosos. Os autores concluíram que elevar o teor de magnésio no cérebro, através do aumento da ingestão de magnésio, pode ser uma estratégia útil para melhorar as capacidades cognitivas e prevenir o declínio da memória dependente da idade.

 

Ao avaliar 337 indivíduos com uma idade média de 49 anos, na Índia, Basheer e colaboradores sugeriram que a elevação do magnésio cerebral, através do aumento da ingestão de magnésio, pode ser uma estratégia útil para melhorar as habilidades cognitivas. Os autores ressaltaram que metade da população dos países em desenvolvimento tem déficit de magnésio, que aumenta com o envelhecimento. Esse fator pode contribuir para o declínio da memória dependente da idade e o aumento da ingestão de magnésio poderia prevenir ou reduzir o declínio na memória.

 

Dieta, exercício e um ambiente rico em estímulos podem afetar a saúde cerebral e a função cognitiva. Sendo o magnésio um nutriente essencial para funções celulares normais e para a saúde do corpo, sua deficiência pode prejudicar o funcionamento adequado do organismo, e por outro lado, níveis adequados desse mineral podem contribuir para corpo e mente saudáveis!

 

 

 

 

Referências Bibliográficas:
 

BASHEER, M. P. et al. A study of serum magnesium, calcium and phosphorus level, and cognition in the elderly population of South India. Alexandria Journal of Medicine, v. 52, n. 4, p. 303-8. 2016.

LIU, G. Brain magnesium and cognition. Neuroscience Research, 71S, e6-e44. 2011.

SLUTSKY, I. et al. Enhancement of learning and memory by elevating brain magnesium. Neuron, v. 65, n. 2, p. 165-77. 2010.

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