A suplementação com vitaminas B e colina em camundongos que passaram por uma simulação de dano cerebral isquêmico – semelhante às condições pós-AVC – melhorou a função motora e os processos de conclusão de tarefas desses camundongos, de acordo com pesquisadores canadenses.
 

Um grupo de pesquisadores da Universidade Carleton, em Ottawa, Health Canada, e do Center for Stroke Research, em Berlim, realizou uma pesquisa com animais, utilizando modelos de ratos in vivo e in vitro, cujo objetivo era compreender o papel das vitaminas B em indivíduos diagnosticados com AVC.
 

Os resultados da redução dos níveis de homocisteína – o plasma associado ao risco de doença cardiovascular, como o AVC – por meio da suplementação de vitamina B têm sido o foco de muitos estudos, porém os pesquisadores que desenvolveram o estudo mencionado acima argumentaram que, como alguns países têm fortificações de ácido fólico obrigatórias e outros não, “os resultados permanecem inconsistentes“.
 

O estudo realizado pelos canadenses constou de duas etapas. Na primeira delas, avaliou-se o impacto da deficiência de folato (vitamina B) nos camundongos antes do dano isquêmico seguido de suplementação com vitamina B e colina. Na segunda etapa, avaliou-se como uma deficiência genética de uma enzima envolvida no metabolismo do folato (MTHFR) aumenta a vulnerabilidade ao AVC.
 

Dieta deficiente em ácido fólico seguida de suplementação
 

O estudo envolveu 32 ratos machos que foram divididos em dois grupos.  Um grupo foi colocado em uma dieta deficiente em ácido fólico para aumentar os níveis de homocisteína e o outro permaneceu em uma dieta normal (grupo de controle). Ambos os grupos ficaram na dieta por quatro semanas antes de passarem pela cirurgia de dano isquêmico para simular o AVC.
 

Após a simulação de dano cerebral, os camundongos com a dieta com ácido fólico foram colocados em uma dieta de suplementação, aumentando a ingestão de ácido fólico de 0,3 mg/kg para 5 mg/kg, enquanto os ratos do grupo de controle mantiveram a mesma rotina, que continha 2 mg/kg de ácido fólico.
 

Além disso, alterações no consumo de riboflavina (de 6 mg/kg para 10 mg/kg), de vitamina B12 (0,5 mg/kg de 0,025 mg/kg) e de bitartarato de colina (1150 mg/kg para 4950 mg/kg) foram feitas no grupo de suplementos. “Estes níveis de vitaminas foram escolhidos porque anteriormente foram relatados como benéficos in vivo”, explicaram os pesquisadores.
 

Testes comportamentais e análises
 

Quatro semanas após o dano isquêmico, os pesquisadores avaliaram a função dos animais motora realizando uma série de testes. Os resultados mostraram que a função motora estava melhor no grupo de dieta suplementada em comparação com o grupo com dieta controlada. Os dados também mostraram que os ratos na dieta de suplemento apresentaram maior movimentação quando comparados aos ratos com controle de dieta.
 

“Esses dados sugerem que a suplementação com vitaminas B e colina, em animais pré-condicionados com deficiência de ácido fólico, é benéfica na redução dos deficits comportamentais associados ao dano isquêmico e do córtex”, escreveram os pesquisadores.
 

Vitamina B e colina não são neuroprotetoras, mas podem induzir alterações neuroplásticas
 

A análise do cérebro dos camundongos, após o dano isquêmico e o período de suplementação, revelou  que, no grupo de dieta de suplementos, houve níveis reduzidos de atividade da homocisteína e maior atividade antioxidante no pós-operatório, o que sugere uma maior neuroplasticidade.
 

Embora outros estudos tenham mostrado como o ácido fólico promove resultados regenerativos e funcionais em animais com lesões na medula espinhal, “somos os primeiros a mostrar um aumento na neuroplasticidade após danos isquêmicos no cérebro”, escreveram os estudiosos.
 

“A vitamina B e a colina podem promover a neuroplasticidade por meio do seu papel na síntese de nucleotídeos, no reparo do DNA e na metilação”.
 

Essas descobertas, segundo os pesquisadores, suportam efeitos positivos na suplementação de vitaminas B e colina em indivíduos com AVC isquêmico, com níveis elevados de homocisteína, por causa da deficiência de folato. “Essa suplementação dietética pode ser facilmente implementada em combinação com outras terapias, já que é relativamente barata e segura”, acrescentaram.
 

 

Fonte: Choline and vitamin B supplementation may improve post-stroke brain function” ( https://www.nutraingredients-usa.com/Article/2017/07/31/Choline-vitamin-B-supplementation-may-aid-post-stroke-brain-function )

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