A astaxantina é um carotenóide de cor avermelhada que apresenta um alto potencial antioxidante 1, superior, inclusive, aos antioxidantes tradicionais como o resveratrol, a vitamina C e a vitamina E 2.

 

A ingestão de nutrientes antioxidantes é de suma importância para a manutenção da saúde. Isso porque baixos níveis de antioxidantes no organismo podem levar ao desequilíbrio entre a geração de compostos pró-oxidantes e a atuação dos sistemas de defesa antioxidante 3, 4, agravando doenças inflamatórias e processos oxidativos já existentes.

 

Uma das patologias relacionadas ao aumento do estresse oxidativo é a infertilidade masculina aparentemente idiopática, caracterizada pela incapacidade de alcançar a gravidez após 12 meses de vida sexual contínua sem uso de métodos contraceptivos e sem causa aparente 5.

 

Altos níveis de estresse oxidativo prejudicam o processo de espermatogênese, ao causar danos nas células espermáticas e no DNA, modificações estruturais, redução da disponibilidade de energia produzida para a motilidade dos espermatozoides e desnaturação de lipídios e proteínas, comprometendo, assim, o potencial reprodutivo 6, 7.

 

Neste cenário, a astaxantina, dada sua potente ação antioxidante, pode ser uma aliada no combate aos danos gerados pelo estresse oxidativo. De fato, estudos demonstram que há redução do estresse oxidativo e aumento da atividade antioxidante após a suplementação com esse carotenóide 8, 9.

 

No estudo duplo-cego, randomizado e controlado por placebo de Comhaire et al. (2015), 30 homens inférteis foram suplementados com 16 mg/dia de astaxantina durante um período de três meses. Os resultados mostraram que o grupo intervenção apresentou uma redução significativa do estresse oxidativo, assim como um aumento da velocidade linear do esperma. Além disso, o grupo intervenção apresentou uma taxa de gravidez de 54,5%, o que foi significativamente superior quando comparado a taxa de 10,5% do grupo placebo 10.

 

A astaxantina apresenta um potencial clínico relevante para a melhora da fertilidade masculina, podendo ser um bom agente adjuvante nos tratamentos convencionais. Vale ressaltar que a procedência da astaxantina é de suma importância na garantia da obtenção de seus efeitos benéficos. 

 

Produzido por: Pietra Sacramento Prado, BSc

Referências

  1. Ambati R.R., Phang S.M., Ravi S., Aswathanarayana R.G. Mar Drugs. 2014;12(1):128-152.
  2. Nishida Y.Y., E.; Miki, W. Carotenoid Science. 2007;111:16-20.
  3. Agarwal A., Virk G., Ong C., du Plessis S.S. World J Mens Health. 2014;32(1):1-17.
  4. Tremellen K. Hum Reprod Update. 2008;14(3):243-258.
  5. World Health Organization. Geneva: World Health Organization. 2010;5th ed.
  6. Agarwal A., Sharma R.K., Nallella K.P., Thomas A.J., Jr., et al. Fertil Steril. 2006;86(4):878-885.
  7. Aitken R.J., Baker M.A. Reprod Fertil Dev. 2004;16(5):581-588.
  8. Baralic I., Andjelkovic M., Djordjevic B., Dikic N., et al. Evid Based Complement Alternat Med. 2015;2015:783761.
  9. Djordjevic B., Baralic I., Kotur-Stevuljevic J., Stefanovic A., et al. J Sports Med Phys Fitness. 2012;52(4):382-392.
  10. Comhaire F.H., El Garem Y., Mahmoud A., Eertmans F., et al. Asian J Androl. 2005;7(3):257-262.

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