A vitamina K2 é uma vitamina lipossolúvel, pertencente à família da vitamina K, e que, na forma de menaquinona-7 (MK-7), apresenta maior biodisponibilidade quando comparada à tradicional vitamina K1 1.  A MK-7 é encontrada em vegetais verdes folhosos, carnes, e produtos lácteos, mas sua maior concentração está em alimentos fermentados, como a soja fermentada (natto), pouco consumida na dieta ocidental 1.

 

A vitamina K2 ativa proteínas que desempenham funções biológicas cruciais para o desenvolvimento infantil, que vão desde a mineralização óssea e dentes saudáveis, passando pela promoção da saúde cardiovascular, até a manutenção do desenvolvimento cerebral, saúde das articulações e controle de peso 2.

 

Estudos apontam que as crianças constituem o principal grupo de risco para deficiência de vitamina K2, o que pode acarretar problemas de saúde sérios na adolescência e na vida adulta 3, 4. Felizmente há solução para reversão da deficiência! Evidências clínicas comprovam que a suplementação diária de vitamina K2, na forma de menaquinona-7 (MK-7) aumenta de forma eficaz os níveis de K2 no organismo, promovendo assim os efeitos benéficos dessa vitamina. Mas quais são esses benefícios?

 

  • Saúde óssea

Como o desenvolvimento dos ossos ocorre mais intensamente durante a infância e adolescência, as crianças necessitam de maior quantidade de osteocalcina ativa (proteína ativada pela K2) e, consequentemente, de vitamina K2. Quanto maior a massa óssea obtida antes dos 20-25 anos de idade, melhor o prognóstico para uma boa saúde óssea ao longo da vida 5.

Nesse sentido, estudos demonstram que a suplementação com vitamina K2, especificamente na forma MK-7, é uma estratégia eficaz para a manutenção da saúde óssea, promovendo aumentos significativos na força e densidade mineral óssea (DMO) de crianças 6, 7.

 

  • Saúde cardiovascular

Embora as doenças cardiovasculares sejam raras durante a infância, estudos demonstram que a calcificação arterial e a aterosclerose podem começar a se desenvolver ainda nesse período, se acumulando por décadas 8-10. Nesse sentido, a maior ingestão de vitamina K2, na forma de MK-7, está associada a uma redução do risco de calcificação vascular, além de melhorar a rigidez arterial 11-13, atuando como um nutriente cardioprotetor 2.

 

  • Saúde dental

Estudos preliminares apontam que a vitamina K2 pode auxiliar na redução significativa da ocorrência da cárie dentária, devido a sua influência no metabolismo do cálcio e sua ação antioxidante 14.

 

  • Controle do peso

A obesidade na infância e adolescência está associada ao desenvolvimento de resistência à insulina, podendo levar ao aumento do risco de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2. A adolescência também é um período crucial em que pode ocorrer o chamado “rebote da adiposidade”, onde ocorre um acúmulo de gordura corporal, ocasionando variações no IMC, que prepara o corpo da criança para o estirão da puberdade 15. O consumo de vitamina K2 tem sido correlacionado com melhora da sensibilidade à insulina, redução do risco para desenvolvimento de diabetes mellitus tipo 2, controle glicêmico, redução de colesterol total e acúmulo de gordura, e redução de risco para desenvolvimento de síndrome metabólica 16, 17.

 

Apesar de estar presente em diversos alimentos e dos seus inúmeros benefícios a vitamina K tem sido menos ingerida por adultos e crianças, isso porque os hábitos alimentares das crianças ocidentais mudaram consideravelmente desde 1950. Elas passaram a comer menos vegetais e mais alimentos gordurosos, em especial alimentos processados e fast foods 2. Sendo assim, a suplementação pode ser uma alternativa viável e segura. Consulte um especialista para mais informações.

 

Produzido por: Pietra Sacramento Prado, BSc e Denise Dias, MSc.

 

 

Referências

  1. Halder M., Petsophonsakul P., Akbulut A.C., Pavlic A., et al. Int J Mol Sci. 2019;20(4).
  2. Koziol-Kozakowska A., Maresz K. Children (Basel). 2022;9(1).
  3. van Summeren M., Braam L., Noirt F., Kuis W., et al. Pediatr Res. 2007;61(3):366-370.
  4. Theuwissen E., Magdeleyns E.J., Braam L.A., Teunissen K.J., et al. Food Funct. 2014;5(2):229-234.
  5. Bailey D.A. Int J Sports Med. 1997;18 Suppl 3:S191-194.
  6. Ozdemir M.A., Yilmaz K., Abdulrezzak U., Muhtaroglu S., et al. J Pediatr Hematol Oncol. 2013;35(8):623-627.
  7. van Summeren M.J., Braam L.A., Lilien M.R., Schurgers L.J., et al. Br J Nutr. 2009;102(8):1171-1178.
  8. Meyer W.W., Lind J. MonatsschrKinderheilkd. 1971;119(7):298-300.
  9. McGill H.C.J., McMahan C.A., Herderick E.E., Malcom G.T., et al. Am J Clin Nutr. 2000;72(5):1307S-1315S.
  10. Kavey R.E., Allada V., Daniels S.R., Hayman L.L., et al. Circulation. 2006;114(24):2710-2738.
  11. Geleijnse J.M., Vermeer C., Grobbee D.E., Schurgers L.J., et al. J Nutr. 2004;134(11):3100-3105.
  12. Beulens J.W., Bots M.L., Atsma F., Bartelink M.L., et al. Atherosclerosis. 2009;203(2):489-493.
  13. Knapen M.H., Braam L.A., Drummen N.E., Bekers O., et al. Thromb Haemost. 2015;113(5):1135-1144.
  14. Gordeladze J.O., Landin M.A., Johnsen G.F., Haugen H.J., et al. In: Vitamin K2 Vital for Health and Wellbeing. 2017;Chapter 7.
  15. Weiss R., Dziura J., Burgert T.S., Tamborlane W.V., et al. N Engl J Med. 2004;350(23):2362-2374.
  16. Knapen M.H.J., Jardon K.M., Vermeer C. Eur J Clin Nutr. 2018;72(1):136-141.
  17. Choi H.J., Yu J., Choi H., An J.H., et al. Diabetes Care. 2011;34(9):e147.

Disclaimer

O conteúdo do site não se destina a diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença. Todas as informações são baseadas em evidências científicas, porém fornecidas apenas para fins informativos e com o objetivo de exercer uma comunicação business-to-business (B2B).

Disclaimer

The content of the website is not intended to diagnose, treat, cure or prevent any disease. All information is based on scientific evidence but provided for informational purposes only and with the aim of exercising business-to-business (B2B) communication.

Disclaimer

El contenido del sitio web no está destinado a diagnosticar, tratar, curar o prevenir ninguna enfermedad. Toda la información se basa en evidencia científica, pero se proporciona solo con fines informativos y con el objetivo de ejercer la comunicación de empresa a empresa.