No dia 10 de julho é celebrado o Dia da Saúde Ocular. De acordo com o Ministério da Saúde, esta data, tem a intenção de alertar a população e os profissionais da saúde para a importância da prevenção e do diagnóstico de doenças oculares que, se não forem tratadas podem levar à perda da visão. Dessa forma, este blog abordará a respeito da fadiga ocular.

 

Fadiga ocular, ou astenopia, ou mais popularmente conhecida como síndrome da vista cansada é uma condição caracterizada por sintomas como visão turva, diplopia (visão dupla), olhos secos, cefaleia (dor de cabeça) e dor ocular. Você já deve ter sentido este desconforto em algum momento de sua vida, mesmo porque, seu surgimento está amplamente associado ao uso de telas de televisores, de computadores, de smartphones e de tablets, muito frequentes atualmente. Neste sentido, estima-se que nos últimos 5 anos, a taxa de incidência de fadiga ocular em adultos cresceu de 53,3% para 82,4%1. Estudos revelam que usar um computador por mais de 3 horas por dia é considerado um fator de risco para o desenvolvimento de fadiga ocular2, 3.

 

A fadiga ocular pode ser proveniente de alguns aspectos, dentre eles, da redução do ato de piscar, que intensifica a exposição da córnea a fatores externos favorecendo a evaporação da água do filme lacrimal culminando em olhos secos e diminuição da proteção ocular, e da acentuação da força para que ocorra a contração da musculatura ocular, com a finalidade de manter o foco à curta distância. Com o passar do tempo, a contração excessiva promove a perda da capacidade desses músculos de realizarem o ajuste das lentes (acomodação visual), ou seja, diminuição da função acomodativa, favorecendo o estrabismo4, 5. Tais aspectos são extremamente comuns no uso de dispositivos eletrônicos, visto que diante de uma tela de computador, nós piscamos cerca de 7 vezes por minuto sendo que, normalmente, piscamos em torno de 22 vezes por minuto e comparado à leitura de texto impresso, o uso desses dispositivos impõe uma carga maior aos músculos oculares4, 5.

 

Além dos sintomas visuais, a astenopia também pode causar alguns sintomas extraoculares como, por exemplo, dores de cabeça, dor miofascial e desconforto no pescoço, nos ombros e em regiões superiores das costas. Adicionalmente, existem associações entre astenopia digital e distúrbios do sono, incluindo insônia e sonolência diurna excessiva, devido ao tempo exacerbado do uso de tela antes de dormir5.

 

Felizmente, a literatura sugere que a suplementação com astaxantina exerce um efeito benéfico sobre este tema. Mas afinal, o que é astaxantina? A astaxantina é um carotenóide de cor avermelhada, presente nas microalgas marinhas ou em crustáceos como camarões e caranguejos, que é considerado um dos antioxidantes naturais mais potentes da atualidade, sendo 6000 vezes mais poderoso que a vitamina C6, 7. Devido a sua capacidade de se acumular, consideravelmente, nos olhos8, a literatura médica tem demonstrado o seu efeito protetor contra doenças oculares como a catarata, o glaucoma, a uveíte, a queratite, a degeneração macular relacionada à idade9, 10, incluindo a astenopia11-14.

 

Diante disso, você deve estar se perguntando por que a astaxantina pode melhorar a fadiga ocular? A astaxantina otimiza a circulação sanguínea, aumenta o suprimento de nutrientes para os olhos, possui efeito protetor nos músculos ciliares contra danos oxidativos15, auxilia na recuperação da acomodação visual16 e na amplitude desse parâmetro17 e melhora a habilidade da acomodação ocular15. Por estes motivos, somado ao baixo consumo da população deste carotenoide, a suplementação de astaxantina pode, sim, ser uma interessante opção na prevenção dos sintomas de fadiga ocular e de demais doenças oculares.

 

 

Referências:

  1. Liu, Z., et al. Journal of Clinical Medicine. 2022;11(23):7043.
  2. Guo, F., et al. International journal of ophthalmology. 2018;11(6):1020-7.
  3. Blehm, C., et al. Survey of ophthalmology. 2005;50(3):253-62.
  4. Rosenfield, M. Ophthalmic Physiol Opt. 2011;31(5):502-15.
  5. Lem, D.W., et al. Nutrients. 2022;14(19).
  6. Yoshida, K., et al. Nutrients. 2023;15(6):1459.
  7. Nishida, Y.Y., et al. Carotenoid Science. 2007;11(2007):16-20.
  8. Rao, A.R., R.; Baskaran, V.; Sarada, R. J Agric Food Chem. 2010;58(15):8553-9.
  9. Bungau, S., et al. Oxid Med Cell Longev. 2019;2019:9783429.
  10. Donoso, A., et al. Pharmacol Res. 2021;166:105479.
  11. Hashimoto, H., et al. J Clin Biochem Nutr. 2016;59(1):10-5.
  12. Hashimoto, H., et al. J Clin Biochem Nutr. 2013;53(1):1-7.
  13. Saito, M., et al. Graefes Arch Clin Exp Ophthalmol. 2012;250(2):239-45.
  14. Grunwald, J.E., et al. Invest Ophthalmol Vis Sci. 2005;46(3):1033-8.
  15. Nagaki, Y., et al. Japanese Review of Clinical Ophthalmology. 2010;3(5):461-8.
  16. Takahashi, N., Kajita, M. Journal of Clinical Therapeutics and Medicines. 2005;21(4).
  17. Nagaki, Y.H., S.; Yamada, T. Journal of Traditional Medicines. 2002;19(5):170-3.

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