A colina é um nutriente essencial para o bom funcionamento do corpo, com ampla atuação em diversas funções no organismo, como transporte de gordura para fora do fígado, melhora do sistema imunológico e estímulo do cérebro para movimentação muscular.
Apesar de ser produzida pelo corpo, a quantidade gerada é insuficiente, necessitando ser complementada por meio da alimentação. As principais fontes de colina são: ovos; carne bovina, especialmente o fígado; carne de porco e soja. Apesar de serem alimentos facilmente obtidos, a quantidade de colina oferecida nesses alimentos é baixa. Neste cenário, a suplementação desse nutriente deve ser considerada.
Ao longo dos últimos anos, a ciência tem demonstrado que a colina é um importante nutriente durante a gravidez. De fato, estudos comprovam ganhos na saúde da gestante e no desenvolvimento do feto quando ocorre a adequada alimentação e/ou suplementação desse nutriente. Entre suas funções mais importantes, se destacam o favorecimento do desenvolvimento do sistema nervoso do feto, a diminuição dos riscos de defeito de fechamento de tubo neural e de pré-eclâmpsia nas gestantes.
Recentemente, pesquisadores do Departamento de Nutrição e Psicologia das Universidades de Cornell e Ithaca realizaram um ensaio demonstrando que a suplementação de colina durante o período gestacional auxilia no desenvolvimento de aprendizagem dos fetos. Ao final do estudo, concluíram que quanto maior a quantidade de colina ingerida pela mãe durante a gestação, melhor era a performance das crianças em testes de cognição e memória.
Esses resultados vão ao encontro dos de outros estudos no qual verificaram-se os benefícios da suplementação de colina durante a gestação na melhora da cognição infantil.
Dessa forma, para as mulheres que não incluem em sua dieta alimentos ricos em colina, é prudente que a suplementação da dieta seja considerada, o que deve ser discutido sempre com o profissional de saúde.
Referências:
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