Em razão do Dia da Saúde Ocular, celebrado todo dia 10 de julho, organizações de saúde têm como objetivo alertar a população e os profissionais de saúde sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce de doenças oculares que, se não tratadas, podem levar à perda ou comprometimento da visão 1. De acordo com os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 2,2 bilhões de pessoas sofrem com algum distúrbio ocular, sendo que, dentre esses casos, cerca de 60% poderiam ter sido evitados com o tratamento precoce 1.

 

Uma das principais causas relacionadas ao desenvolvimento de doenças oculares é o aumento do estresse oxidativo, onde os compostos oxidantes superam a capacidade antioxidante do organismo e acarreta, consequentemente, má-formação e degeneração dos tecidos da retina. Como exemplo de doenças oculares resultantes do estresse oxidativo, pode-se citar a catarata, o glaucoma e a degeneração macular relacionada à idade (DMRI) 2.

 

De fato, o processo visual possui uma alta demanda energética, sendo a retina o tecido metabolicamente mais ativo do corpo humano 2-4. Neste cenário, a ingestão de compostos com alto potencial antioxidante, como os carotenóides astaxantina, luteína e zeaxantina, tem sido associada à redução de incidência e controle de catarata, da DMRI, de retinopatia diabética e de astenopia 5-9.

 

A astaxantina, em especial, é um potente antioxidante natural com capacidade antioxidante cerca de 2,6 vezes maior que aquela observada para a luteína e 1,6 vezes maior que a da zeaxantina 10. No que tange à saúde ocular, a astaxantina acumula-se significativamente nos olhos 11 e tem demonstrado um efeito protetor contra doenças oculares, como a catarata, o glaucoma, a uveíte, a queratite, e a DMRI 2, 12,  além de auxiliar na redução e prevenção de sintomas visuais cotidianos como olhos secos, visão desfocada, vermelhidão e dor ocular 5, 6, 13, 14.

 

Como exemplo, podemos citar o estudo de Hashimoto et al. (2013), que avaliou 35 pacientes submetidos à cirurgia de catarata bilateral. Os participantes realizaram a cirurgia de um dos olhos e, em seguida, iniciaram a suplementação com 6 mg/dia de AstaReal®, por duas semanas, momento no qual realizaram a cirurgia do outro olho. Após apenas duas semanas de suplementação houve uma redução significativa dos marcadores de estresse oxidativo (hidroperóxidos) e um aumento da atividade antioxidante no humor aquoso 6, corroborando o potencial antioxidante da astaxantina no sistema ocular.

 

Já com relação aos efeitos da astaxantina nos sintomas visuais cotidianos, em particular na astenopia (fadiga ocular), estudos mostram que trabalhadores que utilizam displays visuais em excesso apresentaram, após ingestão de astaxantina AstaReal® (9mg/dia durante quatro semanas), melhora de aproximadamente 16% na habilidade da acomodação ocular, uma vez que o carotenóide otimiza a circulação sanguínea, aumenta o suprimento de nutrientes e possui efeito protetor nos músculos ciliares contra danos oxidativos 13. Também foram verificados efeitos benéficos no processo de recuperação da fadiga da acomodação visual 15 e na amplitude desse parâmetro 16.

 

A nutrição é uma aliada importante na prevenção e tratamento de doenças, que incluem as doenças oculares. Para entender melhor como a suplementação pode auxiliar na saúde ocular e visual procure um profissional da saúde. É importante ressaltar que a consulta periódica ao oftalmologista ainda é a melhor forma de prevenção contra possíveis doenças oculares, onde o diagnóstico precoce é capaz de prevenir e reverter problemas na saúde dos olhos, melhorando assim a qualidade de vida do paciente.

 

Produzido por: Pietra Sacramento Prado, BSc.

 

Referências

  1. Ministério da Saúde Brasil. https://bvsms.saude.gov.br/10-7-dia-da-saude-ocular-2/. Accessed 04/04/2022.
  2. Bungau S., Abdel-Daim M.M., Tit D.M., Ghanem E., et al. Oxid Med Cell Longev. 2019;2019:9783429.
  3. Yu D.Y., Cringle S.J. Prog Retin Eye Res. 2001;20(2):175-208.
  4. Canovas R., Cypel M., Farah M.E., Belfort R., Jr. Arq Bras Oftalmol. 2009;72(6):839-844.
  5. Hashimoto H., Arai K., Hayashi S., Okamoto H., et al. J Clin Biochem Nutr. 2016;59(1):10-15.
  6. Hashimoto H., Arai K., Hayashi S., Okamoto H., et al. J Clin Biochem Nutr. 2013;53(1):1-7.
  7. Ma L., Dou H.L., Wu Y.Q., Huang Y.M., et al. Br J Nutr. 2012;107(3):350-359.
  8. Vu H.T., Robman L., Hodge A., McCarty C.A., et al. Invest Ophthalmol Vis Sci. 2006;47(9):3783-3786.
  9. Abdel-Aal el S.M., Akhtar H., Zaheer K., Ali R. Nutrients. 2013;5(4):1169-1185.
  10. Nishida Y.Y., E.; Miki, W. Carotenoid Science. 2007;111:16-20.
  11. Rao A.R., R.; Baskaran, V.; Sarada, R. J Agric Food Chem. . 2010;58(15):8553-8559.
  12. Donoso A., Gonzalez-Duran J., Munoz A.A., Gonzalez P.A., et al. Pharmacol Res. 2021;166:105479.
  13. Nagaki Y.T., H.; Yoshimoto, T.; Masuda, K. Japanese Review of Clinical Ophthalmology. 2010;3(5):461-468.
  14. Saito M., Yoshida K., Saito W., Fujiya A., et al. Graefes Arch Clin Exp Ophthalmol. 2012;250(2):239-245.
  15. Takahashi N.K., M. Journal of Clinical Therapeutics and Medicines. 2005;21(4).
  16. Nagaki Y.H., S.; Yamada, T. Journal of Traditional Medicines. 2002;19(5):170-173.

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