Todo mundo sabe que o ferro é um nutriente essencial para a vida humana e que sua carência está ligada a uma série de problemas de saúde como disfunções neurológicas, psicopatológicas e físicas 1. O estágio final e mais preocupante da deficiência de ferro é a anemia ferropriva, um grave problema de saúde pública 2. O tratamento, tanto da deficiência quanto da anemia, é o mesmo e tem como objetivo repor os estoques de ferro até que os mesmos sejam normalizados.

 

Até aí nenhuma novidade, mas o que nem todo mundo sabe é que a fonte de ferro influencia diretamente nos desfechos da suplementação. Além disso, é muito importante garantir a segurança e a eficácia da fonte de ferro que está sendo consumida, a fim de otimizar e garantir o tratamento adequado.

 

As fontes de ferro mais comuns são as de natureza inorgânica, como o sulfato ferroso. No entanto, esses compostos inorgânicos, além de apresentarem baixa biodisponibilidade, estão associados a uma alta incidência de efeitos colaterais no trato gastrointestinal (TGI), o que prejudica a adesão ao tratamento por parte dos pacientes. Isso ocorre porque esses sais de ferro liberam um íon ferroso que fica “livre”, e que, ao interagir com a mucosa gastrointestinal, ocasiona irritação local, podendo acarretar efeitos colaterais como náusea, vômito e diarreia 5.

 

Por outro lado, as fontes orgânicas de ferro têm se mostrado mais efetivas e seguras na prevenção e no tratamento da anemia ferropriva. Pode-se citar como exemplo de fontes orgânicas o ferro bisglicinato quelato, composto por duas moléculas de glicina queladas ao íon ferroso (Fe2+), e o ferro polimaltosado que é um complexo estável de ferro férrico (Fe3+) e dextrina parcialmente hidrolisada (polimaltose). Mas quais diferenças entre estes dois ingredientes?

 

Conforme ilustrado no quadro abaixo, o ferro bisglicinato quelato e o ferro polimaltosado guardam diferenças importantes em relação a sua estrutura molecular, o que reflete na absorção (biodisponibilidade) e na ocorrência de efeitos colaterais associados ao consumo dessas diferentes fontes. Vale mencionar que tais discrepâncias impactam de forma significativa na resposta clínica exibida por cada um, conforme descrito por um estudo recentemente conduzido no Brasil.

 

Name et al. (2018) avaliaram a eficácia do ferro bisglicinato quelato Albion (Ferrochel™) e do ferro polimaltosado no tratamento da anemia ferropriva em um grupo de crianças brasileiras. Os autores observaram que após 45 dias de tratamento, o grupo que recebeu Ferrochel™ apresentou aumento significativo nos níveis de ferritina, ao passo que o mesmo não foi observado para o grupo que recebeu ferro polimaltosado. Além do melhor desempenho do Ferrochel™ (Ferro Bisglicinato Quelato Albion) no tratamento da anemia, os autores demonstraram que a absorção dessa fonte de ferro é controlada pelos estoques de ferro do organismo, ou seja, seu consumo é seguro a longo prazo e não há riscos de sobrecarga de ferro, mesmo após a normalização dos níveis de hemoglobina 11.

 

DIFERENÇAS ENTRE FERRO BISGLICINATO QUELATO E FERRO POLIMALTOSADO 3,5,12.

Tamanho molecular Biodisponibilidade
(absorção)
Ocorrência de efeitos colaterais Descontinuidade do tratamento
FERRO POLIMALTOSADO 50.000 – 452.000 daltons
(absorção dificultada)
10% – 15% 12,4% 21,4%
FERRO BISGLICINATO QUELATO 204 daltons
(absorção facilitada)
34,6% 7,3% 9,1%

 

O ferro bisglicinato quelato, em especial o Ferrochel™, é a fonte de ferro com maior eficácia e segurança clínica, com dezenas de estudos clínicos proprietários conduzidos em crianças, gestantes e adultos6. Sua suplementação foi capaz de prevenir a ocorrência de anemia em mais de 95% das mulheres durante a gravidez e pós-parto 13. Seu uso é recomendado, inclusive, por grandes organizações de saúde, como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), em seu manual de assistência pré-natal e a Sociedade Brasileira de Pediatria 7, 8.

 

A suplementação com ferro é a estratégia mais eficaz no aumento dos níveis de ferro e seus marcadores (ferritina, hemoglobina) no organismo, atuando no tratamento e prevenção da correção da anemia e no restabelecimento dos estoques normais de ferro do organismo. No entanto, a escolha da fonte é de suma importância, impactando direto nos desfechos do tratamento. Fontes quelatadas, como o Ferrochel™, apresentam um diferencial em relação a adesão e sucesso do tratamento, principalmente em pacientes mais vulneráveis, como crianças e gestantes. Procure um profissional de saúde e saiba mais sobre as fontes de ferro disponíveis no mercado.

 

Produzido por: Pietra Sacramento Prado, BSc.

 

Referências

  1. Fisberg M., Braga J.A.P., Barbosa T.N.N., Martins F.O. ILSI Brasil – International Life Sciences Institute do Brasil. 2017;3(2).
  2. WHO. Geneva: World Health Organization. 2017:83.
  3. Cançado R.D., Lobo C., Friedrich J.R. Rev. Bras. Hematol. Hemoter. . 2010;32(2):114-120.
  4. Jacobs P., Fransman D., Coghlan P. J Clin Apher. 1993;8(2):89-95.
  5. Ashmead H.D. Comparative Intestinal Absorption and Subsequent Metabolism of Metal Amino Acid Chelates and Inorganic Metal Salts. In: Subramanianm K, ed. Biological Trace Element Research. Washington DC: ACS Publications; 1991:306-319.
  6. Pineda O., Ashmead H.D. Nutrition. 2001;17(5):381-384.
  7. Peixoto S. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). 2014;2ª edição.
  8. Sociedade Brasileira de Pediatria. Diretrizes. 2018;2.
  9. Iost C., Name J.J., Jeppsen R.B., Ashmead H.D. J Am Coll Nutr. 1998;17(2):187-194.
  10. Bovell-Benjamin A.C., Viteri F.E., Allen L.H. Am J Clin Nutr. 2000;71(6):1563-1569.
  11. Name J.J., Vasconcelos A.R., Valzachi Rocha Maluf M.C. Curr Pediatr Rev. 2018;14(4):261-268.
  12. Melamed N., Ben-Haroush A., Kaplan B., Yogev Y. Arch Gynecol Obstet. 2007;276(6):601-604.
  13. 13. Milman N., Jønsson L., Dyre P., Pedersen P.L., et al. Perinat. Med. 2013:1 – 10.

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