Que o ferro é um mineral extremamente importante para o nosso organismo, todo mundo já ouviu falar! Para se ter ideia, o ferro é o mineral mais abundante no nosso corpo. Dentre diversas funções importantes, ele compõe a hemoglobina, uma proteína que transporta oxigênio, promove as trocas gasosas e a distribuição de energia pelo corpo. Mas como saber se estamos consumindo a quantidade de ferro que precisamos?

 

Um indivíduo com deficiência de ferro pode ter complicações na composição da hemoglobina e, consequentemente, na distribuição de oxigênio pelos tecidos, o que caracteriza a anemia [1]. A deficiência de ferro é a principal causa de anemia, além de ser a deficiência nutricional mais comum em escala global, acometendo cerca de 2 bilhões de pessoas [2, 3].

 

Outras consequências da falta desse micronutriente podem surgir através de sinais neurológicos e psicopatológicos, como cansaço, fadiga e dificuldade de concentração [4]. Além dessas atividades, o ferro ainda participa diretamente de outros processos como a saúde da pele, unhas e cabelo, e a saúde do sistema imune, e, por isso, sua deficiência também pode ter relação com queda de cabelo, ressecamento da pele, enfraquecimento das unhas e maior propensão a infecções [1].

 

Devido à importância do ferro em todas as fases da vida, as causas e características de sua deficiência variam de acordo com diversos fatores, incluindo a idade. Em adultos e idosos sua falta comumente é relacionada à fadiga, à anemia, à síndrome das pernas inquietas e à pica (síndrome neurológica onde o indivíduo tem desejo de mastigar objetos sem valor nutricional) [5]. Já em neonatos, os principais efeitos são em relação ao crescimento e desenvolvimento, os quais ocorrem de forma retardada, enquanto em adolescentes, a deficiência de ferro tem associação com dificuldade de aprendizagem e anormalidades comportamentais [6, 7].

 

Existem dois tipos de ferro e diversos alimentos onde podemos encontrá-los: o ferro heme, que está presente principalmente na carne vermelha; e o ferro não-heme, que está presente nos vegetais, e que apresenta uma absorção cerca de seis vezes abaixo que a do ferro heme. Entretanto, em algumas condições de deficiência de ferro, a ingestão de alimentos não é suficiente para suprir as necessidades do organismo, sendo a suplementação nutricional uma alternativa eficaz. Aqui vale salientar que existem diferentes tipos de fontes para suplementação de ferro: as fontes inorgânicas quando, por exemplo, o ferro está ligado a um sulfato; e as fontes orgânicas, quando o ferro está ligado a aminoácidos. A importância disso reside no fato de que a eficácia da suplementação está diretamente relacionada com a escolha da fonte.

 

O Ferrochel® (ferro bisglicinato quelato) é um composto orgânico, formado pela ligação do ferro com duas moléculas do aminoácido glicina. Assim, o ferro é ofertado ao organismo na forma orgânica, mas também na forma de um quelato, devido ao tipo de ligação quimicamente estável entre o mineral e os aminoácidos. Por isso, o Ferrochel® não interage com medicamentos e nem compete com outros minerais para ser absorvido, como ocorre com outras suplementações ou com micronutrientes absorvidos pela dieta. Essas características também conferem ao Ferrochel® uma alta biodisponibilidade e redução significativa de efeitos colaterais [9]. 

 

Em um estudo realizado com gestantes brasileiras, as participantes foram divididas em dois grupos, de acordo com o tipo de suplementação com ferro: sulfato ferroso 40 mg/dia, e Ferrochel® 15 mg/dia.  Após o tratamento, verificou-se que as gestantes suplementadas com Ferrochel® não apresentaram anemia por deficiência de ferro, enquanto 11,1% das suplementadas com sulfato ferroso apresentavam tal deficiência [8].   

 

A suplementação com ferro aminoácido quelato tem sido a mais eficiente no tratamento da anemia. Pineda (1994) comparou a efetividade de diferentes doses de Ferrochel® no tratamento da deficiência de ferro com anemia, em adolescentes. A partir dos resultados, pode-se concluir que 30 mg/Fe de Ferrochel® é tão efetivo quanto 120 mg/Fe de sulfato ferroso, tendo sido quatro vezes mais absorvido que o sulfato ferroso, sem os efeitos indesejáveis característicos da suplementação de ferro inorgânico [10].

 

Assim, os estudos clínicos mostram que a escolha da fonte de nutriente é tão importante quanto a própria suplementação em si. Sempre consulte o seu médico para avaliar a necessidade dessa intervenção.

 

Produzido por: Renata Cavalcanti, PhD e Pietra Sacramento Prado, BSc

 

 

Referências

  1. Pasricha, S.R., et al., Iron deficiency. Lancet, 2021. 397(10270): p. 233-248.
  2. Ning, S. and M.P. Zeller, Management of iron deficiency. Hematology Am Soc Hematol Educ Program, 2019. 2019(1): p. 315-322.
  3. McLean, E., et al., Worldwide prevalence of anaemia, WHO Vitamin and Mineral Nutrition Information System, 1993-2005. Public Health Nutr, 2009. 12(4): p. 444-54.
  4. Yokoi, K. and A. Konomi, Iron deficiency without anaemia is a potential cause of fatigue: meta-analyses of randomised controlled trials and cross-sectional studies. Br J Nutr, 2017. 117(10): p. 1422-1431.
  5. Romano, A.D., et al., Molecular Aspects and Treatment of Iron Deficiency in the Elderly. Int J Mol Sci, 2020. 21(11).
  6. Means, R.T., Iron Deficiency and Iron Deficiency Anemia: Implications and Impact in Pregnancy, Fetal Development, and Early Childhood Parameters. Nutrients, 2020. 12(2).
  7. Auerbach, M. and J.W. Adamson, How we diagnose and treat iron deficiency anemia. Am J Hematol, 2016. 91(1): p. 31-8.
  8. Szarfarc, S.C., et al., Relative effectiveness of iron bis-glycinate chelate (Ferrochel) and ferrous sulfate in the control of iron deficiency in pregnant women. Arch Latinoam Nutr, 2001. 51(1 Suppl 1): p. 42-7.
  9. Ashmead, H.D., Comparative Intestinal Absorption and Subsequent Metabolism of Metal Amino Acid Chelates and Inorganic Metal Salts, in Biological Trace Element Research, K. Subramanianm, Editor. 1991, ACS Publications: Washington DC. p. 306-319.
  10. Pineda, O.A., H.D.; Perez, J.M.; Lemus, C.P., Effectiveness of iron amino acid chelate on the treatment of iron deficiency anemia in adolescents. J Appl Nutr., 1994. 26: p. 2-13.

Disclaimer

O conteúdo do site não se destina a diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença. Todas as informações são baseadas em evidências científicas, porém fornecidas apenas para fins informativos e com o objetivo de exercer uma comunicação business-to-business (B2B).

Disclaimer

The content of the website is not intended to diagnose, treat, cure or prevent any disease. All information is based on scientific evidence but provided for informational purposes only and with the aim of exercising business-to-business (B2B) communication.

Disclaimer

El contenido del sitio web no está destinado a diagnosticar, tratar, curar o prevenir ninguna enfermedad. Toda la información se basa en evidencia científica, pero se proporciona solo con fines informativos y con el objetivo de ejercer la comunicación de empresa a empresa.