Estudos têm demonstrado que as deficiências nutricionais influenciam diretamente a função e o desenvolvimento cerebral, podendo reduzir o potencial de QI de uma pessoa em, pelo menos, 10 pontos 1. Dentre essas, a deficiência de ferro é considerada a de maior prevalência, acometendo cerca de 2 bilhões de pessoas no mundo todo2.

 

O ferro é o mineral mais abundante no organismo humano e participa de diversas funções essenciais, como o transporte de oxigênio na hemoglobina, a replicação e o reparo do DNA, as funções mitocondriais, a modulação da função imune, entre tantas outras [3]. No metabolismo cerebral especificamente, o ferro é vital para a produção de energia, a garantia de oxigenação, e a produção e regulação de neurotransmissores como serotonina, epinefrina e dopamina 3. Diversos estudos demonstraram os efeitos negativos da sua deficiência na memória e aprendizado, em todos as fases da vida 4, 5.

 

O período gestacional e a primeira infância são fases especialmente críticas. A deficiência de ferro durante a gestação, por exemplo, resulta em prejuízos cognitivos, que persistem por longos períodos, com efeitos duradouros mesmo após a normalização dos níveis do mineral 5, 6. Já na primeira infância, estudos conduzidos com crianças, entre seis e 24 meses de idade, com anemia por deficiência de ferro mostraram que a falta desse nutriente representa um aumento do risco de prejuízos para o desenvolvimento cognitivo, neuropsicológico, motor e emocional, com consequências de curto e longo prazo 7. Além desses fatores, há ainda outras consequências, tais como alterações de crescimento, prejuízo da imunidade, com aumento do risco de infecções e perda de apetite.

 

Estes mesmos sintomas também são observados na população adulta, especialmente em mulheres em idade reprodutiva, que, por conta da perda menstrual, são consideradas população de risco para o desenvolvimento de deficiência de ferro. Nesse contexto, a suplementação com ferro tem demonstrado efeitos positivos na melhora da função cognitiva, principalmente na capacidade de memória e de habilidades intelectuais, tanto em crianças quanto em adultos 8.

 

Dessa forma, quando indicada por um profissional da saúde, a suplementação com ferro é uma estratégia efetiva para prevenir a deficiência desse mineral essencial e garantir as demandas necessárias para o desenvolvimento e funcionamento cognitivo normal e saudável.

 

Produzido por: Pietra Sacramento Prado, BSc e Denise Dias, MSc.

 

Referências

  1. Morris S.S., Cogill B., Uauy R., Maternal, et al. Lancet. 2008;371(9612):608-621.
  2. Tulchinsky T.H. Public Health Rev. 2010;32(1):243-255.
  3. Kaplan B.J., Crawford S.G., Field C.J., Simpson J.S. Psychol Bull. 2007;133(5):747-760.
  4. Lozoff B., Georgieff M.K. Semin Pediatr Neurol. 2006;13(3):158-165.
  5. Fretham S.J., Carlson E.S., Georgieff M.K. Adv Nutr. 2011;2(2):112-121.
  6. Lukowski A.F., Koss M., Burden M.J., Jonides J., et al. Nutr Neurosci. 2010;13(2):54-70.
  7. Pedraza D.F., Queiroz D. Rev Bras Crescimento Desenvolvimento Hum. 2011;21(1):156-171.
  8. Lomagno K.A., Hu F., Riddell L.J., Booth A.O., et al. Nutrients. 2014;6(11):5117-5141.

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