O zinco é um mineral que se encontra distribuído por todo o nosso corpo e participa da divisão celular, do crescimento, da absorção intestinal, da neurotransmissão, da resposta imune e da visão, entre outros.
Por estar envolvido em diversas funções enzimáticas e hormonais, tem efeito importantíssimo no crescimento e na reparação celular, participando de muitos processos metabólicos, como a síntese de proteínas, a cicatrização de feridas, o crescimento linear e a manutenção dos tecidos.
Consequentemente, quando há deficiência de zinco no corpo humano, várias funções são afetadas, impedindo que ele funcione perfeitamente. E, para deixar a situação ainda mais complicada, as manifestações clínicas evidentes só ocorrem nos casos de deficiência grave. Alguns exemplos de consequências clínicas mais frequentes da deficiência de zinco são: dermatite, diarreia, distúrbios neurológicos, déficit de crescimento, infecções e dificuldade de cicatrização.
A deficiência de zinco pode afetar o crescimento e o desenvolvimento já no início da vida, durante a embriogênese (processo através do qual o embrião é formado e se desenvolve). Quantidades insuficientes de zinco nesse período podem influenciar negativamente a formação final de todos os órgãos.
A deficiência materna de zinco aumenta o risco de mortalidade fetal, de retardo do crescimento e de malformações, incluindo defeitos do tubo neural.
De um modo geral, humanos não têm reservas funcionais ou estoques de zinco disponíveis no corpo para serem requeridos ou usados em casos de deficiência com exceção dos recém-nascidos a termo, que, durante todo o período gestacional, acumulam zinco no fígado. No último trimestre, a mãe transfere para o feto até 1,5 mg de zinco/kg/dia. Esse aspecto tem particular importância para recém-nascidos prematuros, que, pelo menor tempo de gestação, podem nascer com reservas insuficientes desse nutriente.
Ao longo da vida, considerando que o zinco é um elemento-chave na síntese de proteínas essenciais para o crescimento, esse nutriente continua sendo essencial. Levando em conta a essencialidade do zinco, os suplementos dietéticos podem se apresentar como uma estratégia no cuidado com a saúde.
–
Referências Bibliográficas:
ALBION, Human Nutrition. Zinc: a mineral of complex biological activity. Research Notes: A compilation of vital research updates on human nutrition. v. 13, n. 1. 2004.
SENA, K. C. M.; PEDROSA, L. F. C.. Efeitos da suplementação com zinco sobre o crescimento, sistema imunológico e diabetes. Rev. Nutr., v. 18, n. 2, p. 251-259. 2005.
TERRIN, G. et al. Zinc in early life: a key element in the fetus and preterm neonate. Nutrients. v. 7, n. 12, p. 10427–46. 2015.17