A cúrcuma, também conhecida como açafrão-da-terra, é uma especiaria derivada do rizoma da planta Curcuma longa, pertencente à família do gengibre Zingiberaceae, originária da Índia, amplamente utilizada na medicina indiana e chinesa há milhares de anos e, atualmente, cultivada em diversas partes do mundo, incluindo Sudeste Asiático, China e América Latina1-3.

 

O açafrão-da-terra é usado como tempero de curry, devido ao seu sabor e cor, também tem sido historicamente usado como corante natural (alimentos, cosméticos e têxteis), como repelente de insetos e como agente antimicrobiano. A Índia é o maior produtor e principal exportador dessa especiaria. Segundo dados, o mercado global de açafrão-da-terra foi estimado em 1,7 milhão de toneladas métricas e deve aumentar, significativamente, até 20272.

 

A composição da cúrcuma consiste em, aproximadamente, 70% de carboidratos, 6% de proteínas, 6% de óleos essenciais, 5% de gordura, 3% de minerais (potássio, cálcio, fósforo, ferro e sódio), vestígios de vitaminas (B1, B2, C e niacina) e 3-5% de curcuminóides, sendo esses de grande interesse biológico/clínico2

 

Mas, afinal, o que são curcuminóides? Os curcuminóides são a soma de compostos polifenólicos bioativos presentes na cúrcuma, isto é, a curcumina (CUR), a desmetoxicurcumina (DMC) e a bisdemetoxicurcumina (BMC). Entre os curcuminóides há, cerca de, 77% de CUR, 17% de DMC e 3-6% de BMC2.

 

Nesse sentido, a curcumina é o polifenol lipofílico de maior atividade biológica encontrado na cúrcuma1, 3, 4. A curcumina tem atraído muita atenção nas últimas décadas devido ao seu potencial terapêutico como agente anti-inflamatório, antibacteriano, antifúngico, antiviral, antialérgico, antioxidante, antiangiogênico, antimutagênico, anticoagulante5, antidiabético, anticancerígeno e antienvelhecimento2. Além disso, a curcumina também se mostrou promissora no tratamento de cicatrização de feridas e distúrbios dermatológicos, em problemas respiratórios e hepáticos2, em patologias osteoarticulares, como osteoartrite, artrite reumatoide e artrose6, além de doenças autoimunes, cardiovasculares, endócrinas, neurodegenerativas e de câncer7.

 

Em relação às doenças neurodegenerativas, estudos demonstram que o consumo de curcumina está associado à melhor performance cognitiva e do estado de humor e menor prevalência de demência e mal de Alzheimer2, 8, 9. Em paralelo, estudos reforçam a hipótese de que a curcumina pode auxiliar na promoção da função cognitiva, uma vez que se mostrou efetiva na prevenção ou reversão de déficits de memória e cognitivos associados ao envelhecimento, ao estresse, a epilepsia, ao estresse oxidativo, à ansiedade e a demência10-13. Recentemente, entretanto, estudos sobre a sua ação antidepressiva e ansiolítica estão em desenvolvimento14.

 

Devido a sua capacidade de eliminar radicais livres e atuar diretamente no controle de processos inflamatórios, a ação antioxidante e anti-inflamatória da curcumina são os maiores responsáveis pelos efeitos positivos desse constituinte no organismo, a nível de prevenção e tratamento, uma vez que sua ação é sistêmica15. Adicionalmente, seu uso também é considerado seguro, pois não promove efeitos colaterais mesmo quando administrado em altas doses15, 16.

 

Contudo, embora a curcumina tenha um grande potencial terapêutico, sua aplicação clínica é limitada pela sua baixa biodisponibilidade no organismo17. Quando ingerida, a cúrcuma passa por uma rápida eliminação sistêmica, sendo pouco absorvida, mesmo em grandes quantidades17, além disso, a curcumina é uma molécula hidrofóbica, tornando-a insolúvel em água18. Nesse sentido, numerosas abordagens têm sido utilizadas a fim de aprimorar a solubilidade e a biodisponibilidade da curcumina18.

 

O extrato de cúrcuma oferecido no Longvida®, em especial, provém de uma formulação de terceira geração, que aumenta a biodisponibilidade de curcuminoides “livres” sem adulterantes e contaminantes, tornando-as mais seguras, não genotóxicas e não hepatotóxicas para uso clínico prolongado18. Além disso, protege a molécula de curcumina durante o processo de digestão e fornece um ativo, cerca de, 100 vezes mais biodisponível que o extrato de cúrcuma padrão19. Além do seu diferencial tecnológico, o LongVida® possui sólida comprovação de eficácia e segurança clínica, o que o caracteriza como uma excelente fonte de curcumina.

 

Referências

  1. Gupta SC, Sung B, Kim JH, Prasad S, Li S, Aggarwal BB. Mol Nutr Food Res. 2013;57(9):1510-28.
  2. Kotha RR, Luthria DL. Molecules. 2019;24(16).
  3. Panahi Y, Hosseini MS, Khalili N, Naimi E, Majeed M, Sahebkar A. Clin Nutr. 2015;34(6):1101-8.
  4. Stohs SJ, Chen O, Ray SD, Ji J, Bucci LR, Preuss HG. Molecules. 2020;25(6):1397.
  5. Kocaadam B, Sanlier N. CRITICAL REVIEWS IN FOOD SCIENCE AND NUTRITION. 2017;57(13).
  6. Akuri MC, Barbalho SM, Val RM, Guiguer EL. Pharmacogn Rev. 2017;11(21):8-12.
  7. Pulido-Moran M, Moreno-Fernandez J, Ramirez-Tortosa C, Ramirez-Tortosa M. Molecules. 2016;21(3):264.
  8. Chandra V, Pandav R, Dodge HH, Johnston JM, Belle SH, DeKosky ST, et al. Neurology. 2001;57(6):985-9.
  9. Vas CJ, Pinto C, Panikker D, Noronha S, Deshpande N, Kulkarni L, et al. Int Psychogeriatr. 2001;13(4):439-50.
  10. Cox KH, Pipingas A, Scholey AB. J Psychopharmacol. 2015;29(5):642-51.
  11. Cox KHM, White DJ, Pipingas A, Poorun K, Scholey A. Nutrients. 2020;12(6).
  12. Chimakurthy J, Talasila M. Psychol Neurosci. 2010;3:238-44.
  13. Ishrat T, Hoda MN, Khan MB, Yousuf S, Ahmad M, Khan MM, et al. Eur Neuropsychopharmacol. 2009;19(9):636-47.
  14. Lopresti AL. CNS Drugs. 2022;36:123-41.
  15. Carneiro JA, Macedo DS. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento. 2020;14(87):632-40.
  16. Gupte PA, Giramkar SA, Harke SM, Kulkarni SK, Deshmukh AP, Hingorani LL, et al. J Inflamm Res. 2019;12:145-52.
  17. Wahlstrom B, Blennow G. Acta Pharmacol Toxicol (Copenh). 1978;43(2):86-92.
  18. Hegde M, Girisa S, BharathwajChetty B, Vishwa R, Kunnumakkara AB. ACS Omega. 2023;8(12):10713-46.
  19. Gota VS, Maru GB, Soni TG, Gandhi TR, Kochar N, Agarwal MG. J Agric Food Chem. 2010;58(4):2095-9.

Disclaimer

O conteúdo do site não se destina a diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença. Todas as informações são baseadas em evidências científicas, porém fornecidas apenas para fins informativos e com o objetivo de exercer uma comunicação business-to-business (B2B).

Disclaimer

The content of the website is not intended to diagnose, treat, cure or prevent any disease. All information is based on scientific evidence but provided for informational purposes only and with the aim of exercising business-to-business (B2B) communication.

Disclaimer

El contenido del sitio web no está destinado a diagnosticar, tratar, curar o prevenir ninguna enfermedad. Toda la información se basa en evidencia científica, pero se proporciona solo con fines informativos y con el objetivo de ejercer la comunicación de empresa a empresa.